A estratégia do presente projeto assenta em dois pilares: acessibilidade do Património Cultural e Territorial (aliado ao Turismo e assegurando a sua Conservação), apoiada por novos recursos digitais que, porém, devem potenciar a fruição cognitiva através de experiências analógicas. A promoção do Turismo Patrimonial beneficia os territórios de baixa densidade, gerando riqueza e novos empregos, tanto direta quanto indiretamente. Acionar, duplamente, o «tour digital» e o «tour presencial» constituem um procedimento empresarial acelerado pela crise sanitária à procura turística atual: é constatação relevante para esta proposta de valorização patrimonial holística e preditiva.
Na esfera do património é identificada uma lacuna essencial para a valorização global dos territórios, que penaliza sobretudo os territórios de baixa densidade demográfica: uma compreensão e valorização do património arqueológico, que representa mais de 90% dos recursos patrimoniais da região, com distribuição equilibrada por todo o território. Tal não se deve à falta de identificação desse património, em grande medida inventariado, mas à falta de recursos humanos qualificados e dedicados a essa valorização. A dificuldade dos agentes turísticos em valorizar esses recursos patrimoniais tem bloqueado a sua plena inserção em cadeias de valor que contribuam não apenas para o desenvolvimento de ambos os setores, mas para o desenvolvimento e coesão territoriais.
O projeto parte desta estratégia e dos recursos dos três centros de pesquisa acreditados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no Instituto Politécnico de Tomar (IPT), articulando-se com entidades nacionais que gerem o território, o património e o turismo (CIMT – Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo; DGPC – Direção Geral do Património Cultural; e Turismo Centro), com o setor empresarial (NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém; e PME – Pequenas e Médias Empresas) e com a UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.