TURARQ

Objetivo geral

TURARQ é um projeto que pretende contribuir para o desenvolvimento da região do Médio Tejo, como caso-piloto de abordagem às regiões de baixa densidade, focando-se inicialmente em cinco concelhos (Mação, Tomar, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha). Uma região que se pode considerar estratégica do ponto de vista da articulação entre o turismo e a arqueologia. Isto, num contexto pós-Covid-19, em que se estima que as dimensões de proximidade, dispersão territorial e a co-construção do conhecimento serão estruturalmente mais relevantes. 

A estratégia deste projeto assenta em dois pilares: a acessibilidade ao Património Cultural e Territorial (aliada ao Turismo e à Conservação/Restauro), suportada por novos recursos digitais que, no entanto, deverão potenciar a fruição cognitiva através de experiências analógicas. O projeto insere-se numa lógica de estruturação progressiva de um tecido urbano numa rede de Smart Cities, suportada na Logística 4.0, conjunto este que implica a integração de saberes e experiências tradicionais (análogas, cuja importância social, económica e psicológica se tornou muito evidente durante o confinamento) com as novas tecnologias e recursos digitais. 

A promoção do Turismo Patrimonial beneficia territórios de baixa densidade, como os da região do Médio Tejo, gerando riqueza e novos empregos, direta e indiretamente. Ativando duplamente o «tour digital» e o «tour presencial», que se constituem como um procedimento de negócio acelerado pela crise sanitária à atual procura turística: sendo esta uma constatação relevante para este projeto de valorização patrimonial holística e preditiva. 

Neste quadro geral, no domínio do património, identifica-se uma lacuna essencial para o desenvolvimento global dos territórios, que penaliza sobretudo os territórios de baixa densidade, e que deve ser colmatada para que todos os municípios e agentes possam potenciar as oportunidades criadas: a compreensão e valorização do património arqueológico, que representa mais de 90% dos recursos patrimoniais da região, com distribuição equilibrada pelo território. Isto não se deve à falta de identificação deste património, largamente inventariado, mas sim à falta de recursos humanos qualificados dedicados a esta valorização. A dificuldade dos agentes turísticos em valorizar estes recursos patrimoniais tem impedido a sua plena inserção em cadeias de valor que contribuam não só para o desenvolvimento de ambos os setores, mas para o desenvolvimento e coesão territorial. É sabido que o IPT (Instituto Politécnico de Tomar), através da cátedra UNESCO-IPT de Humanidades e Gestão da Paisagem e de vários dos seus cursos, tem desenvolvido uma atenção especial aos territórios de baixa densidade. O projeto parte desta estratégia e dos recursos dos três centros de investigação acreditados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no Instituto Politécnico de Tomar (IPT), articulando com as entidades nacionais gestoras do território, património e turismo (CIMT – Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo; DGPC – Direção Geral do Património Cultural; e Turismo Centro (Organização Regional de Gestão do Destino), com o setor empresarial (NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém; e PME (Pequenas e Médias Empresas), e com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). 

Missão

O projeto TURARQ tem como missão contribuir para a proteção, valorização e dinamização do património arqueológico nos territórios de baixa densidade demográfica, potenciando-o como veículo de integração entre os ambientes cultural e natural, em torno da noção de paisagem e numa perspetiva de co-construção, aprofundamento e disseminação do conhecimento científico, para a sustentabilidade do território do Médio Tejo.

Pretende-se estruturar um quadro metodológico e protocolos analíticos e operacionais transferível para outros territórios de baixa densidade demográfica, em Portugal e no estrangeiro. Cuja visão se inscreve na preservação do património arqueológico num quadro de sustentabilidade global dos territórios de baixa densidade demográfica, reintegrando as dimensões da economia e da cultura em torno da noção de vida.organizados em torno de 7 eixos, a saber: gestão; inventário de recursos; ciência & investigação; educação & formação; turismo & desenvolvimento comunitário; preservação & valorização; comunicação & marketing.

Equipa Institucional

O Projeto conta com a seguinte equipa institucional.

 

IPT

O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) é uma instituição de Ensino Superior Público na Região do Médio Tejo. Possui um campus em Tomar e outro em Abrantes, e ministra cursos nas áreas das Engenharias, Gestão, Contabilidade, Turismo, Artes, Comunicação, Cinema e Património.

O IPT assegura que os seus estudantes tenham acesso a estágios em estreita colaboração com o tecido empresarial e a possibilidade de início de carreira em empresas de dimensão internacional, em articulação com os três centros de investigação e desenvolvimento do IPT que são financiados pela FCT.

 

Techn&Art

O Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes (Techn&Art), do Instituto Politécnico de Tomar, desenvolve estratégias e metodologias de investigação nos domínios da Salvaguarda e da Valorização do Património Artístico e Cultural, quer em desenvolvimento experimental, quer em investigação aplicada, com o propósito de ligar o presente ao passado.

O Techn&Art é uma unidade de investigação e desenvolvimento (UID/05548/2020) financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

 

Ci2

O Centro de Investigação em Cidades Inteligentes (Ci2), do Instituto Politécnico de Tomar, é uma unidade multidisciplinar nas áreas de Ciência de Computadores, Engenharia Elétrica e Eletrónica, Controlo, Comunicações, Tecnologia Química e Matemática Aplicada.

O Ci2 é uma unidade de investigação e desenvolvimento (UID/05567/2020) financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

 

CGeo

O Centro de Geociências (CGEO) é um consórcio da Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Tomar, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Instituto Terra e Memória, cujos principais objetivos são a identificação, caracterização, transformação e utilização dos recursos minerais e energéticos, bem como contribuir para a compreensão e implementação de estratégias adaptativas.

O CGeo é uma unidade de investigação e desenvolvimento (UID/0073/2020) financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Parceiros

O Projeto conta com a seguinte rede de parceiros.

Financiadores

O Projeto conta com uma importante rede de financiadores.